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Passar algum tempo no exterior é uma das experiências mais extraordinárias que alguém pode vivenciar em termos de crescimento pessoal, social e profissional. Como estudante de Letras da UNISC obtive a chance de estudar um semestre em Tübingen, cidade do estado de Baden-Wutemberg, localizada a 25 km sudoeste do aeroporto de Stuttgart, capital do estado. A cidade possui cerca de 85.000 habitantes e 20.000 estudantes. A universidade existe desde 1477 e influencia de forma marcante a imagem e a vida da cidade. Os primeiros “habitantes” estabeleceram-se em Tübingen há 
mil e quinhentos anos atrás. Na metade do século XI os nobres de Tübingen construíram um castelo e cidade com praça central, igreja paroquial e muralhas. Em 1477 o Conde Eberhard V, o barbudo, fundou a Universidade. Na época existiam mais ou menos 3.500 habitantes. Em 1628 a cidade também foi envolvida na Guerra dos Trinta Anos. Apesar de ter sido evitado o pior, a total destruição da cidade, o tesouro da Universidade em prata foi fundido e as bibliotecas saqueadas. Em 1634 veio a peste. Em um ano morreram 1.485 pessoas, quase um terço da população, entre elas nove professores. Somente em 1828 a cidade foi iluminada, ou seja, até então era uma escuridão só. Goethe esteve na cidade uma semana, pois nela existia uma das mais conhecidas editoras da época chamada Cotta, e em carta à sua querida esposa Christiane escreve: A cidade é abominável! Saber que trabalhamos Goethe nas aulas do professor Norberto Perkoski me emociona. Com isto, o Goethe das nossas aulas em Santa Cruz, toma forma e me ajuda a compreender melhor a realidade que vivencio. Friedrich Nicolai descreve a cidade na época como: acidentada, irregular, suja, miserável, ruim, ruinosa, pequena, incrivelmente escura, desconfortável, etc. Entre as personalidades mais famosas encontramos Johannes Kepler (matemático e astrônomo), Friedrich Hoelderlin (Poeta), Friedrich Wilhelm Schelling (Filósofo). Como a emoção de estar aqui é muito grande e tudo é novo, cada segundo vivido torna-se uma eternidade. Não consigo dormir direito, mas espero que dentro de pouco tudo se normalize. Até agora só encontrei pessoas prestativas que me ajudaram em todos os sentidos. A universidade montou um programa destinado à assessorar todos os estudantes estrangeiros. Este programa durou quatro dias, começando no dia 14 de outubro e terminando no sábado, dia 17, com um jantar e festa. Neste programa foram colocados à nossa disposição tutores que nos ajudaram a conhecer um pouco melhor a cidade, através de city-tours; a universidade com todas as suas dependências e a vida estudantil (a quantidade de bares estudantis é muito grande!). Para os que quisessem houve também ajuda com relação à abertura de conta bancária, inscrição de endereço na prefeitura, assessoramento individual (com um professor do nosso curso para poder organizar melhor a planilha das disciplinas cursadas), etc. O que eu achei deveras genial no programa foi a possibilidade de conhecer todos esses estudantes estrangeiros antes do começo das aulas. Fiz amizade com uma russa, uma sueca, uma finlandesa e uma canadense. Estudantes de todos os cantos do mundo na mesma situação. Solidariedade entre nós é o que não falta. Como quero aproveitar o meu semestre ao máximo, estou inscrita em várias disciplinas. Uma delas é introdução à história da Literatura Espanhola. Para isto tenho que ler cinco livros antes do começo das aulas. José Zorrilla, Miguel de Unamuno, Frederico García Lorca, Antonio Buero Vallejo e Benito Pérez Galdós que me aguardem!!
mil e quinhentos anos atrás. Na metade do século XI os nobres de Tübingen construíram um castelo e cidade com praça central, igreja paroquial e muralhas. Em 1477 o Conde Eberhard V, o barbudo, fundou a Universidade. Na época existiam mais ou menos 3.500 habitantes. Em 1628 a cidade também foi envolvida na Guerra dos Trinta Anos. Apesar de ter sido evitado o pior, a total destruição da cidade, o tesouro da Universidade em prata foi fundido e as bibliotecas saqueadas. Em 1634 veio a peste. Em um ano morreram 1.485 pessoas, quase um terço da população, entre elas nove professores. Somente em 1828 a cidade foi iluminada, ou seja, até então era uma escuridão só. Goethe esteve na cidade uma semana, pois nela existia uma das mais conhecidas editoras da época chamada Cotta, e em carta à sua querida esposa Christiane escreve: A cidade é abominável! Saber que trabalhamos Goethe nas aulas do professor Norberto Perkoski me emociona. Com isto, o Goethe das nossas aulas em Santa Cruz, toma forma e me ajuda a compreender melhor a realidade que vivencio. Friedrich Nicolai descreve a cidade na época como: acidentada, irregular, suja, miserável, ruim, ruinosa, pequena, incrivelmente escura, desconfortável, etc. Entre as personalidades mais famosas encontramos Johannes Kepler (matemático e astrônomo), Friedrich Hoelderlin (Poeta), Friedrich Wilhelm Schelling (Filósofo). Como a emoção de estar aqui é muito grande e tudo é novo, cada segundo vivido torna-se uma eternidade. Não consigo dormir direito, mas espero que dentro de pouco tudo se normalize. Até agora só encontrei pessoas prestativas que me ajudaram em todos os sentidos. A universidade montou um programa destinado à assessorar todos os estudantes estrangeiros. Este programa durou quatro dias, começando no dia 14 de outubro e terminando no sábado, dia 17, com um jantar e festa. Neste programa foram colocados à nossa disposição tutores que nos ajudaram a conhecer um pouco melhor a cidade, através de city-tours; a universidade com todas as suas dependências e a vida estudantil (a quantidade de bares estudantis é muito grande!). Para os que quisessem houve também ajuda com relação à abertura de conta bancária, inscrição de endereço na prefeitura, assessoramento individual (com um professor do nosso curso para poder organizar melhor a planilha das disciplinas cursadas), etc. O que eu achei deveras genial no programa foi a possibilidade de conhecer todos esses estudantes estrangeiros antes do começo das aulas. Fiz amizade com uma russa, uma sueca, uma finlandesa e uma canadense. Estudantes de todos os cantos do mundo na mesma situação. Solidariedade entre nós é o que não falta. Como quero aproveitar o meu semestre ao máximo, estou inscrita em várias disciplinas. Uma delas é introdução à história da Literatura Espanhola. Para isto tenho que ler cinco livros antes do começo das aulas. José Zorrilla, Miguel de Unamuno, Frederico García Lorca, Antonio Buero Vallejo e Benito Pérez Galdós que me aguardem!!
Uma parte das disciplinas ministradas é em alemão e a outra em espanhol. Para obter um bom resultado terei que assistir às aulas específicas para melhorar a parte escrita dos dois idiomas. No dia 22 de outubro começa oficialmente o meu semestre e vontade é o que não me falta. Assim que tiver mais novidades, escreverei. Abraço bem forte da bela Tübingen.
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